A transformação ocorre ao longo do tempo. Não tem condição nem momento específico. Ela apenas acontece. E para isso, muitas vezes precisamos observar atentos seus sutis sinais.
A transformação acontece como o fogo e fogo é transformação. Ele queima, intensa e ferozmente. Se espalha e muitas vezes destrói por onde passa. Não se deve brincar com o fogo. Mas se usado adequadamente, ele pode ser instrumento, necessário e importante para a nossa existência.
A chama da vida que aquece, também queima agressivamente, podendo trazer vida e destruição, de acordo com nossas escolhas. Fogo traz encanto enquanto uma força ameaçadora, é cura ou destruição.
Metaforicamente, pode ser entendido como a energia de vida, a vitalidade, aquilo que nos configura humano. E no processo terapêutico a aliança terapêutica entre cliente e analista produz um ambiente propício às transformações.
O fogo da vida precisa ser dosado de forma singular, a fim de promover os processos necessários e adequados.
Como dizia Rubem Alves:
“O analista precisa ter fogo próprio para poder atiçar o fogo do outro”
Possamos preservar a chama da vida e o calor humano que arde em nossos corações em busca de transformação.
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